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Uma parceria firmada entre o IFSC Palhoça Bilíngue e o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina visa promover a oferta de atendimento educacional especializado para estudantes com deficiência. A atividade é uma proposta do Laboratório de Tecnologia Assistiva (Labta) do IFSC, e tem como objetivo potencializar as habilidades cognitivas, motoras e sensoriais, aprimorando conhecimentos formais e de vida cotidiana dos alunos, com a colaboração de um bombeiro e do seu cão. 

O trabalho está previsto para iniciar em agosto e deve durar o semestre inteiro. A princípio, com um aluno do câmpus, selecionado a partir das necessidades que ele apresentou durante os atendimentos recebidos no Labta desde 2018. Os encontros entre o estudante, o cão, o bombeiro e a equipe do laboratório, serão realizados uma vez por semana contemplando atividades que permitam interação entre os envolvidos e o uso de recursos de tecnologia assistiva, como jogos, brinquedos acessíveis, acionadores etc.

A ideia do projeto surgiu durante um atendimento realizado a um aluno com paralisia cerebral. “Ele sonhava em ser policial militar e trabalhar com os cães”, contou a professora de educação especial e responsável pelo espaço, Ivani Cristina Voos. O sonho do estudante inspirou a professora a buscar a parceria. Isso porque “os estudos sobre as atividades mediadas por cães têm indicado que as pessoas com deficiência, em diferentes idades, têm alcançado o desenvolvimento de várias habilidades, como a diminuição de comportamentos agressivos e impulsivos, a melhoria da concentração e da memória, por exemplo”, explicou Ivani.

A iniciativa foi lançada no câmpus, na última quarta-feira, 24 de julho, durante a programação de planejamento das atividades do semestre, com uma apresentação realizada pelo capitão Alan Cielusinsky, que na companhia do seu cão, um amigável labrador de 10 anos que atende pelo nome de Tchak, mostrou aos servidores, técnicos administrativos e docentes, o trabalho desenvolvido na Coordenadoria do Serviço de Busca, Resgate e Salvamento com Cães do Corpo Bombeiros Militar de Santa Catarina. 

Alan falou sobre a origem da atividade em Santa Catarina, das técnicas próprias de condicionamento e treinamento para busca, das atuações em alguns desastres ocorridos no País, como no Morro do Baú, no Vale do Itajaí (2008), em Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Segundo o capitão, os cães são habilitados para ocorrências de busca em várias situações, no mato, na lama, nos escombros, na água e, além disso, alguns são utilizados em atividades de intervenção assistidas por cães, com fins terapêuticos e pedagógicos, em ambientes hospitalares, nas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e nas escolas. Todo o trabalho é feito com animais da raça labrador, que “são cães fáceis de trabalhar, dóceis e todo mundo gosta”, complementou o bombeiro. 

O IFSC Palhoça Bilíngue é a primeira instituição de ensino, na região da Grande Florianópolis, com a qual o Corpo de Bombeiros firmou parceria para um trabalho dessa natureza. Mas o capitão comentou que, em breve, mais um cão será certificado, em São José, por isso, há perspectivas de ampliação da atividade. Em sua explanação Cielusinsky explicou que somente os cães aprovados em prova de certificação podem ser aplicados em ocorrências reais.

Saiba mais sobre o Labta

O laboratório é destinado a atender estudantes do IFSC com deficiência, transtorno do espectro autista ou altas habilidades/superdotação, oferecendo os serviços de Atendimento Educacional Especializado (AEE), produção de materiais pedagógicos acessíveis, customização de recursos de Tecnologia Assistiva (TA) com materiais de baixo custo e assessoria aos câmpus do IFSC. Os recursos de TA são qualquer equipamento, dispositivo, produto ou sistema, utilizados para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência.

Os atendimentos do Labta não se tratam de reforço escolar, mas têm o objetivo de ajudar os estudantes a desenvolver habilidades e adaptar-se a sua condição para obterem melhorias significativas em sua qualidade de vida e seu contexto escolar.

Atualmente o espaço conta com uma professora licenciada em Educação Especial, Ivani Cristina Voos, e uma estagiária, a acadêmica do curso de Pedagogia Bilíngue (Libras/Português), Gabriela da Costa Viana, que trabalham de forma conjunta para a proposição de estratégias, recursos, materiais pedagógicos acessíveis e para a oferta do serviço de AEE. É ainda um local de formação para servidores do IFSC, estudantes em processo de formação inicial e professores das redes municipal e estadual.

Por Sônia Santos | Relações Públicas do IFSC

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