As lembranças do ex-jagunço Riobaldo sobre suas lutas, medos e o amor reprimido por Diadorim são o destaque do encerramento da agenda de 2021 do Clube do Livro do IFSC. Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, é o título do encontro de 26 de novembro, às 16h, em plataforma virtual. Clique aqui para acessar o formulário de inscrição on-line.
Publicado em 1956, o livro entrou para a história da literatura brasileira ao recriar a linguagem do homem simples do interior. “O que mais admiro em Guimarães Rosa é a forma em que ele, como grande intelectual, exalta as riquezas de sua terra natal, Minas Gerais, e nos transporta para o seu tempo e espaço. Podemos notar sua paixão pelo Rio São Francisco, pela natureza local, pelo jeito simples de falar do povo do sertão”, comenta a mediadora do encontro, a auxiliar de biblioteca do Câmpus São Miguel do Oeste Quêti Di Domenico.
Para ela, reler os clássicos da literatura, como Guimarães Rosa, tem sido uma feliz redescoberta, que faz questão de compartilhar e incentivar. “Grande Sertão: Veredas nos convida a ‘escutar’ as histórias vividas pelo narrador. Minha dica para os leitores é que leiam o livro de forma fluida, mesmo ao se depararem com as palavras regionalistas ou neologismos. Para mim, esta é uma característica da obra que a deixa ainda mais rica”, enfatiza.
Esta é a segunda vez que Quêti assume a mediação do Clube do Livro do IFSC. A primeira foi justamente no encontro de estreia do projeto, em 25 de setembro do ano passado, com Macunaíma, do escritor Mário de Andrade. Na época, a criação de um clube do livro virtual foi uma das estratégias adotadas pelo Sistema de Bibliotecas do IFSC para adaptar os inúmeros projetos de incentivo à leitura realizados nos câmpus, depois da suspensão das atividades presenciais.
Neste ano, o clube ganhou uma agenda de dez encontros e se fortaleceu com a adesão de novos leitores e participação de mediadores convidados. “Participar de um clube do livro nos dá a chance de rever a obra lida a partir da perspectiva de outros leitores. Iniciativas como o Clube do Livro do IFSC fortalecem o sistema de Bibliotecas, criam um ambiente de compartilhamento, de integração, e aumenta o nosso senso de unidade, mesmo estando em extremos do estado. O papel social do Clube do Livro do IFSC também é evidente. As obras escolhidas são de acesso aberto e a participação da comunidade é livre, isso atrai um público bastante diverso”, elogia Quêti.
