Vídeo em LibrasDia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi marcado por diferentes atividades com o objetivo de estimular o debate a respeito de assuntos como a discriminação racial, o preconceito e a importância dos negros na formação da nossa sociedade.
Na disciplina de Português, ministrada pela Profª. Roberta Cantarela, os alunos do curso Técnico de Comunicação Visual realizaram um trabalho de pesquisa a respeito do significado desta comemoração. Os resultados das discussões e percepções dos estudantes foram expressados por meio de cartazes que destacaram personagens como os escritores Machado de Assis, Cruz e Sousa, Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares, além de outros temas relacionados à cultura negra, como a Aboliação da Escravatura. “Mesmo sendo temáticas que por vezes aparecem na pauta de discussão da sala de aula, a sua intensificação e o seu aprofundamento é sempre pertinente com a passagem da data”, comentou a professora.
Outra atividade foi um bate papo com os alunos dos cursos técnicos de Comunicação Visual e Produção de Materiais Didáticos Bilíngue em Libras/Português, sobre a cultura negra e sua importância para a formação histórico-social brasileira. Após as reflexões a respeito do tema, foi realizada uma oficina intitulada Abayomis – bonequinhas de nós que contam a história de nós: contribuições da cultura africana, ministrada pela professora de Artes Visuais, Janaí de Abreu Pereira.
O objetivo da atividade foi conscientizar e sensibilizar os participantes em relação à diversidade cultural que temos no Brasil. “Na maioria das vezes, a mídia e as informações disponíveis, privilegiam outros grupos culturais. Esse é um dia de reflexão a respeito da contribuição da cultura negra para a nossa cultura. É fundamental que tenhamos um mundo mais justo e sem preconceito, afinal somos todos diferentes, no entanto, temos direitos iguais”, relatou a professora.
Saiba mais sobre as bonecas Abayomis
Não se sabe ao certo onde elas surgiram, como a maioria dos brinquedos populares, mas acredita-se que as negras escravas que vieram para o Brasil nos porões do navios, tenham arrancado pedaços de suas roupas e começado a sua confecção durante a viagem que durava meses. No Brasil, a divulgadora dessa tradição foi a africana Lena Martins, uma maranhense militante do movimento de mulheres negras, que procurava na arte popular um instrumento de conscientização e socialização.
Elaboradas de sobras de panos e retalhos, as bonecas são amarradas, resgatando o fazer artesanal, sem costuras, apenas com nós e amarrações. Sempre negras, elas são inspiradas em personagens do cotidiano, contos de fada e orixás, e buscam o fortalecimento da auto-estima e o reconhecimento da identidade afro-brasileira.
De origem iorubá, a palavra abayomi pode ser traduzida como “meu presente” ou “aquela que traz minhas qualidades”, significando aquele que traz felicidade ou alegria. O nome serve tanto para meninos, quanto para meninas.